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14/Nov/2024

Futuros de soja recuam com dólar forte ante o Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (13/11). O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O desempenho do óleo de soja, que recuou mais de 2%, também pesou sobre as cotações. O derivado, por sua vez, caiu com um movimento de realização de lucros após ter acumulado valorização de mais de 16% nas três semanas anteriores. O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 2,75 cents (0,27%), e fechou a US$ 10,07 por bushel.

Além disso, condições favoráveis ao plantio na América do Sul estão ofuscando o corte feito pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na estimativa de produção doméstica. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA cortou sua previsão de safra nos Estados Unidos de 124,7 milhões de toneladas para 121,42 milhões de toneladas. A estimativa de produtividade passou de 3,57 para 3,48 toneladas por hectare. Analistas esperavam um número maior, de 123,92 milhões de toneladas, com rendimento de 3,55 toneladas por hectare.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura no Brasil alcançava no dia 10 de novembro 66,1%, avanço de 12,8% ante a semana anterior e acima dos 57,3% registrados em período equivalente de 2023. O USDA informou que a colheita nos Estados Unidos estava 96% concluída no dia 10 de novembro, ante 94% há um ano e 91% na média de cinco anos. A ausência de novas vendas avulsas de soja norte-americana também vem pressionando os contratos. Nesta semana, o USDA ainda não anunciou vendas da oleaginosa, e alguns analistas acreditam que o dólar valorizado possa estar inibindo a demanda. A possibilidade de uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China durante o segundo mandato de Donald Trump segue no radar.