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12/Nov/2024

Futuros de soja recuam com dólar forte ante o Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (11/11). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 1%, foi outro fator de pressão. O derivado, por sua vez, acompanhou o recuo do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

Traders também embolsaram lucros após a alta de 3,67% acumulada na semana passada. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 8,00 cents (0,78%), e fechou a US$ 10,22 por bushel. A StoneX observou que a China até agora comprou pouca soja para embarque em dezembro e janeiro. Com o dólar fortalecido, a questão agora é saber se o país asiático comprará soja dos Estados Unidos mais agressivamente para suprir essas necessidades ou se recorrerá a suas amplas reservas até que a safra nova do Brasil esteja disponível. O rápido avanço do plantio no Brasil, após atrasos iniciais, também pesou sobre as cotações.

De acordo com a AgRural, a semeadura alcançava, no dia 7 de dezembro, 67% da área total estimada, em comparação com 54% uma semana antes e 61% um ano atrás. Com Mato Grosso e Paraná já na reta final e Goiás e Mato Grosso do Sul também já bem adiantados, o ritmo da semeadura agora fica por conta dos Estados de calendário mais tardio, com destaque para o Rio Grande do Sul e os Estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). De modo geral, tanto o plantio como o desenvolvimento das lavouras ocorre sem maiores percalços em todo o País.

As perdas foram limitadas por estimativas de produção, rendimento e estoques nos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a safra de soja em 121,42 milhões de toneladas, com produtividade de 3,48 toneladas por hectare. Quanto aos estoques domésticos, o USDA reduziu a expectativa para as reservas de soja ao fim da temporada 2024/2025 de 14,97 milhões de toneladas para 12,8 milhões de toneladas.