11/Nov/2024
A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim elevou em 1 milhão de toneladas sua projeção de importação chinesa de soja, para 104 milhões de toneladas no ano comercial 2024/2025. O volume é um pouco menor do que o projetado para 2023/2024, de 104,75 milhões de toneladas. A expectativa de esmagamento foi mantida em 99 milhões de toneladas em 2024/2025, ante 97,5 milhões de toneladas em 2023/2024. As compras relativamente estáveis em 2024/2025 podem ser atribuídas ao aumento na demanda de esmagamento por causa de um modesto crescimento no consumo de farelo. Além disso, o país aumenta seus estoques enquanto a oferta global de soja permanece “adequada” e os preços são atrativos.
Contatos no setor acreditam que as fortes colheitas no Brasil e na Argentina devem resultar novamente em um alto estoque inicial no ano comercial, mantendo assim os preços da soja competitivos. As exportações de soja dos Estados Unidos para a China devem seguir enfrentando a forte concorrência do Brasil e da Argentina, que têm previsão de maior produção em 2024/2025. Fontes do setor relataram um aumento nos pedidos de soja dos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2024/2025, em virtude de preocupações com as relações comerciais bilaterais entre os países. Na temporada anterior, as compras chinesas de soja dos Estados Unidos representaram 20% das importações da oleaginosa para a China, enquanto o Brasil tinha 74% do mercado.
Quanto à produção, a China deve colher 19,9 milhões de toneladas de soja em 2024/2025, ante 19,6 milhões de toneladas previstos anteriormente. A área plantada foi projetada em 9,95 milhões de hectares. Apesar da menor área plantada, os rendimentos mais altos vão resultar em uma colheita maior de soja ante o ano comercial anterior, que foi estimado em 19,7 milhões de toneladas, com área de 10,05 milhões de hectares. Em relação aos estoques de soja, a estimativa para 2024/2025 foi ampliada de 35,306 milhões de toneladas para 38,186 milhões de toneladas. Para 2023/2024, os estoques finais foram projetados em 36,436 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.