06/Nov/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (05/11), refletindo em parte a boa demanda pelo grão norte-americano. Traders, no entanto, mantêm uma postura cautelosa, diante da eleição presidencial nos Estados Unidos. Os fundos estão neutros e aguardando novidades nos fundamentos antes de escolher se querem ficar comprados ou vendidos no mercado. Essa novidade pode vir do resultado da eleição ou do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (08/11).
O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 4,50 cents (0,45%), e fechou a US$ 10,01 por bushel. Uma menor estimativa para a safra norte norte-americana também deu algum suporte aos preços. A StoneX reduziu sua previsão de 125,56 milhões de toneladas para 123,54 milhões de toneladas. A estimativa de rendimento passou de 3,6 para 3,54 toneladas por hectare. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, contribuiu para a alta. Os ganhos foram limitados pelo ritmo do plantio no Brasil, que se acelerou nas últimas duas semanas.
De acordo com Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura alcançou no dia 3 de novembro 53,3% da área prevista. Em comparação com igual período da safra 2023/2024, os trabalhos estão adiantados em 4,9%. O Estado que está com os trabalhos mais acelerados no plantio da oleaginosa é São Paulo, com 93% da área já semeada. Em seguida vêm Mato Grosso (o maior produtor), com 79,5%, e Mato Grosso do Sul, com 79%. O USDA informou que 94% da safra dos Estados Unidos tinha sido colhida até o dia 3 de novembro, ante 89% há um ano e 85% na média de cinco anos.