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06/Nov/2024

Grupo Cereal faz segunda emissão de CRA no ano

O Grupo Cereal, empresa de trading e industrialização de soja de Goiás, fará uma nova emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), no valor de R$ 450 milhões. Em janeiro, a companhia havia feito uma emissão de CRA de R$ 300 milhões. Os títulos, lastreados em debêntures próprias, serão emitidos pela securitizadora Virgo. Os recursos serão destinados para capital de giro da nova esmagadora de soja inaugurada em outubro. A unidade nova tem capacidade para processar 1 mil toneladas por dia. Com ela, a empresa está ampliando o seu processamento diário de soja de 2 mil toneladas para 3 mil toneladas. A emissão do CRA será feita em três séries, uma com vencimento em cinco anos, uma em sete anos e a outra, em dez anos.

A primeira série terá remuneração equivalente ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) acrescido de 1,10% ao ano. A segunda série oferecerá remuneração equivalente à Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B 2030) mais 1,35% de juros ao ano, ou IPCA acrescido de 7,5% ao ano, a variação que for maior entre os dois. A terceira série terá remuneração equivalente à NTN-B 2033, mais 1,65% de juros ao ano, ou IPCA mais 7,80% ao ano; dos dois, o que tiver maior variação. A distribuição será feita por BB Investimentos (que também atua como coordenador líder), BTG Pactual, Safra, Bradesco BBI, Itaú BBA e Santander. O agente fiduciário e representante dos titulares dos CRA no âmbito da emissão será a Oliveira Trust Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

As cláusulas (covenants) que a empresa tem de seguir, como forma de garantia para os credores, preveem que a dívida líquida não pode ultrapassar o equivalente a 3,75 vezes o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Além disso, a razão entre o ativo circulante e o passivo circulante deve ser igual ou maior que um. Em 2023, a dívida bruta do Grupo Cereal era de R$ 1,15 bilhão, sendo 76% da dívida com pagamento em até três anos. O nível de alavancagem, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda, estava em 0,81 vez. No ano passado, o Grupo Cereal registrou receita operacional líquida de R$ 4,1 bilhões, Ebitda de R$ 222,3 milhões e lucro líquido de R$ 119 milhões. A empresa originou 1,54 milhão de toneladas de milho e soja, vendeu 602 mil toneladas de soja em grão e 221 mil toneladas de milho em grão e industrializou o restante.

Para 2024, a estimativa é atingir receita de R$ 4,72 bilhões, com originação de 1,73 milhão de toneladas de grãos, conforme o prospecto da oferta do CRA. A meta do grupo é crescer gradualmente, chegando a uma originação de 2,5 milhões de toneladas até 2028. A receita projetada é de R$ 7,19 bilhões. Como parte do plano de expansão dos negócios, o Grupo Cereal planeja investir R$ 240 milhões entre 2025 e 2027 para modernizar e ampliar unidades de armazenagem, elevar a capacidade de esmagamento em 165 mil toneladas por ano, e a de produção de biodiesel em 200 metros cúbicos por dia, além de instalar duas novas unidades de armazenagem de grãos. Os CRA serão distribuídos publicamente no mercado primário a investidores profissionais e qualificados. O período de reserva dos títulos vai até 8 de novembro. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.