05/Nov/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta segunda-feira (04/11). Os ganhos foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. Uma nova venda avulsa do grão norte-americano também deu suporte às cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 132 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega em 2024/2025. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 3,50 cents (0,35%), e fechou a US$ 9,97 por bushel.

A alta foi limitada pelo ritmo do plantio no Brasil, que se acelerou nas últimas duas semanas. De acordo com a AgRural, a semeadura atingiu na última quinta 54% da área estimada, em comparação com 36% uma semana antes e 51% em igual período do ano passado. Com quase 17 milhões de hectares plantados em apenas duas semanas, o percentual semeado até agora é o segundo mais alto para esta época do ano, atrás somente dos 60% da safra 2018/2019. Além disso, a StoneX elevou em 0,7% sua previsão para a safra brasileira 2024/2025, para 166,2 milhões de toneladas. Traders também mantiveram uma postura cautelosa antes da eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para esta terça-feira (05/11).

A principal questão é se novas tarifas serão impostas à China, o que pode levar a tarifas retaliatórias sobre produtos norte-americanos. A soja provavelmente será a mais afetada. Dito isso, já há uma situação de oferta volumosa nos Estados Unidos e globalmente, independentemente de novas tarifas serem implementadas ou não. Dados de inspeção de exportações dos Estados Unidos também impediram uma alta mais expressiva. O USDA informou que 2,16 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 31 de outubro, queda de 17,9% ante a semana anterior.