04/Nov/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (1º/11). O vencimento janeiro da oleaginosa cedeu 0,75 cent (0,08%), e fechou a US$ 9,93 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,38%. O mercado foi influenciado em parte pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. Traders também ajustaram posições antes da eleição presidencial nos Estados Unidos, nesta terça-feira (05/11).

Segundo a Hedgepoint Global Markets, uma eventual vitória do republicano Donald Trump pode desencadear nova guerra comercial com a China e afetar o comércio global de soja. A política protecionista durante o último mandato de Trump resultou em disputa com a China. A China era historicamente o maior comprador individual de soja dos Estados Unidos, e o atrito levou a uma queda nas exportações e no preço dos Estados Unidos.

Como resultado, o Brasil substituiu os Estados Unidos como o principal exportador do produto para a China. Esses fatores foram contrabalançados por novo anúncio de vendas avulsas de soja norte-americana. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram vendas de 330 mil toneladas de soja com entrega em 2024/2025, sendo 132 mil toneladas para a China e 198 mil toneladas para destinos não revelados.

O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2,5%, também impediu uma queda mais acentuada dos preços. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 30 mil toneladas de óleo de soja para a Índia, com entrega em 2024/2025. Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que os produtores do país semearam até a última semana 3,3% da área total prevista, de 19 milhões de hectares. A previsão para os próximos dias é de chuvas em áreas de cultivo do país, o que deve facilitar o cumprimento do cronograma de plantio.