01/Nov/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quinta-feira (31/10). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu cerca de 3%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel. O óleo de soja também foi influenciado pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 3,25 cents (0,33%), e fechou a US$ 9,94 por bushel.
A boa demanda pelo grão norte-americano também deu algum suporte aos preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que exportadores do país venderam 2,27 milhões de toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 24 de outubro. O volume representa alta de 6% ante a semana anterior e de 39% em relação à média das quatro semanas anteriores. A China comprou 715 mil toneladas do total. A alta foi limitada pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 4,58 milhões de toneladas de soja em outubro.
Condições mais favoráveis ao plantio no Brasil e na Argentina também pesaram sobre os contratos. A representação do USDA em Buenos Aires elevou sua estimativa de produção na Argentina de 51 milhões de toneladas para 52 milhões de toneladas em 2024/2025. A previsão de área semeada foi mantida em 17,8 milhões de hectares, em comparação a 16,5 milhões de hectares em 2023/2024. A área maior em 2024/2025 deve refletir principalmente uma migração de parte da área de milho para a soja, devido a preocupações relacionadas ao impacto da cigarrinha-do-milho.