28/Oct/2024
O monitoramento por satélite da EarthDaily Agro identificou melhora significativa da umidade do solo entre 14 e 24 de outubro nas principais regiões produtoras de soja do País. As imagens mostram, porém, que há menos lavouras estabelecidas do que o normal para esta época do ano. As chuvas foram abundantes em uma faixa que vai de Mato Grosso até São Paulo, incluindo parte da Região Nordeste, com volumes entre 30 e 100 milímetros, até três vezes acima da média histórica para o período. O oeste de Mato Grosso, o norte do Paraná e Mato Grosso do Sul ainda necessitam de mais precipitações para acelerar o plantio. As previsões para os próximos dez dias são favoráveis para grande parte da Região Centro-Oeste. Os modelos meteorológicos ECMWF (europeu) e GFS (americano) indicam chuvas acima da média para Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
A Região Sul deve enfrentar um período mais seco, com precipitações até 80% abaixo da média. O clima mais ameno também tem ajudado os agricultores. Nos últimos dez dias, as temperaturas caíram entre 1°C e 3°C nas Regiões Nordeste e Centro-Oeste. Com menos calor, o solo consegue reter melhor a umidade, beneficiando as plantas em desenvolvimento. Em Goiás, após um início de outubro seco, as chuvas retornaram com força. Até o dia 24 de outubro, o Estado registrou um acumulado de 100 mm, superando a média histórica de 74,3 mm para o período. A previsão é de que as precipitações continuem acima da média, o que deve beneficiar o avanço do plantio e o desenvolvimento das lavouras da safra de verão (1ª safra 2024/2025). Em Mato Grosso do Sul, apesar de volumes maiores de chuva em outubro, a umidade do solo ainda está abaixo da média histórica.
No entanto, houve uma melhora em comparação a setembro, o que é um indicador positivo para o restante do ciclo agrícola. No Paraná, a situação é mais crítica. A umidade do solo permanece abaixo da média no oeste e norte do Estado, regiões estratégicas para a produção de soja. As chuvas recentes foram insuficientes para reverter essa condição, e mais precipitações são necessárias para garantir o bom desenvolvimento das lavouras. No Rio Grande do Sul, o cenário é outro. Apesar de as chuvas terem sido intensas na segunda semana de outubro, os volumes totais estão muito abaixo do registrado em igual período de 2023, quando o excesso de chuvas comprometeu a qualidade do trigo. Neste ano, a safra do cereal segue para a reta final com menores volumes de chuva, o que pode afetar a produtividade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.