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28/Oct/2024

Moratória da Soja: nova lei de MT é um retrocesso

WWF-Brasil, uma das signatárias da Moratória da Soja, criticou a sanção da lei nº 2256/2023 pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil). A legislação, que restringe a concessão de incentivos fiscais a empresas comprometidas com o combate ao desmatamento na Amazônia, pode prejudicar tanto o setor agrícola quanto a imagem do Brasil no mercado internacional. A nova lei privilegia uma pequena parcela de produtores rurais que querem seguir destruindo o bioma e prejudica a maior parte dos produtores que não praticam mais desmatamento em suas propriedades. Segundo a entidade, o texto sancionado pelo governador oferece um incentivo à destruição do bioma, o gera consequências para o setor agrícola e toda a população brasileira. Para a WWF, esse pacto multissetorial tem se mostrado eficaz para frear o desmatamento da Amazônia e ampliar o mercado dessa commodity.

Nos últimos anos, a Moratória da Soja ajudou a aumentar a eficiência no uso da terra ao direcionar a expansão da produção para áreas de pastagens degradadas. Quando a lei entrar em vigor, os mercados importadores da soja brasileira estarão novamente ligados à destruição da Amazônia, ‘jogando no lixo’ a boa reputação da soja brasileira, estabelecida ao longo dos 18 anos da Moratória da Soja. A sanção da lei representa um retrocesso em relação a mecanismos de sustentabilidade e pode afetar o recebimento de recursos internacionais. Por fim, o Legislativo e o Executivo de Mato Grosso enviam um sinal contrário: “de que destruir o mundo em que vivemos compensa", alertando para os riscos das consequências do desmatamento tanto para o clima global quanto para o setor agrícola. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.