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28/Oct/2024

Futuros de soja recuam com realização de lucros

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda na sexta-feira (25/10). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido em três das quatro sessões anteriores e acumulado ganho de 2,26% no período. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, foi outro fator baixista para os preços. O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 7,50 cents (0,75%), e fechou a US$ 9,97 por bushel. Na semana passada, subiu 1,50%. Chuvas na Região Centro-Oeste do Brasil, que devem contribuir para uma aceleração do plantio na região, também pesaram sobre os contratos. As previsões para os próximos dez dias são favoráveis para grande parte da Região Centro-Oeste.

Os modelos meteorológicos ECMWF (europeu) e GFS (americano) indicam chuvas acima da média para Mato Grosso e Goiás. De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosário, várias regiões de cultivo da Argentina tiveram um volume expressivo de chuvas nos últimos dias, o que também deve favorecer uma intensificação da semeadura no país. A boa demanda externa pelo grão norte-americano impediu uma queda mais acentuada das cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 116 mil toneladas de soja para a China, com entrega em 2024/2025. No dia 24 de outubro, o USDA disse que exportadores venderam 2,15 milhões de toneladas de soja da safra 2024/2025 na semana até 17 de outubro.

O volume representa alta de 26% ante a semana anterior e de 47% em relação à média das quatro semanas anteriores. A China comprou 1,289 milhão de toneladas do volume total. As vendas totais vieram mais próximas do teto das previsões do mercado, que iam de 1,4 milhão a 2,4 milhões de toneladas. Segundo a representação do USDA em Brasília, o Brasil deve produzir 161 milhões de toneladas em 2024/2025. O volume ficou 1 milhão de toneladas acima da projeção anterior, de julho, e é maior do que o estimado para 2023/2024, de 152 milhões de toneladas. O número, porém, é inferior às estimativas mais recentes do USDA (169 milhões de toneladas) e da Companhia Nacional de Abastecimento (166 milhões de toneladas).