25/Oct/2024
De acordo com estimativa da representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília, o Brasil deve produzir 161 milhões de toneladas em 2024/2025. O volume ficou 1 milhão de toneladas acima da projeção anterior, de julho, e é maior do que o estimado para 2023/2024, de 152 milhões de toneladas. A previsão anterior de área plantada da oleaginosa em 46,3 milhões de hectares para 2024/2025 foi mantida, devido ao aumento de incêndios florestais nas principais regiões produtoras, limitando o potencial de expansão, mas ainda 1% acima do ciclo anterior. A previsão é de um crescimento acelerado na região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com a perspectiva de que produtores na Bahia deem prioridade à soja, em detrimento do algodão, por causa dos preços favoráveis da oleaginosa. Embora haja preocupação com o plantio das culturas de 2ª safra, caso o plantio da soja atrase, no momento não há expectativa de impacto nos rendimentos da soja, desde que os padrões climáticos se mantenham normais durante o restante do ciclo de cultivo.
A estimativa de rendimento é de 3,47 toneladas por hectare. Para as exportações, a projeção é de um volume recorde de 102 milhões de toneladas em 2024/2025, superando a estimativa da safra anterior, de 99 milhões de toneladas. A previsão é baseada em expectativas de uma oferta abundante e um câmbio extremamente favorável. Segundo contatos da indústria no Brasil, a expectativa é de que o Real continue sendo negociado em torno de R$ 5,50 por dólar em 2025. Em 2024/2025, a expectativa é de que a China permanecerá como o maior importador da soja brasileira. Além disso, o USDA também projetou um aumento no processamento de soja em 2024/2025, para 55,5 milhões de toneladas, alta de 2,5% ante a temporada anterior. A revisão se baseia na maior oferta disponível e no aumento da demanda por produtos derivados da soja. A produção de farelo de soja em 2024/2025 foi ampliada para 42,7 milhões de toneladas.
O consumo doméstico de farelo deve crescer para 21,1 milhões de toneladas na próxima safra, acompanhando o crescimento da produção anual de carne bovina e suína no Brasil. As exportações foram projetadas em 21,7 milhões de toneladas. Quanto ao óleo de soja, a produção foi revisada para 11,1 milhões de toneladas, com consumo doméstico de óleo ampliado para 10,2 milhões de toneladas, impulsionado pelo consumo industrial. A expansão será sustentada por uma recuperação lenta, mas constante, da economia, estimulando o aumento da atividade de transporte comercial. No Brasil, veículos comerciais utilizam biodiesel, produzido a partir do óleo de soja. Sempre que o governo brasileiro eleva o percentual obrigatório de mistura de biodiesel, há um aumento contínuo no consumo de óleo industrial. A previsão de exportações para 2024/2025 foi ajustada para 1,2 milhão de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.