21/Oct/2024

Segundo a Universidade de Illinois Urbana-Champaign (EUA), a produção de diesel renovável nos Estados Unidos está aumentando a demanda por óleo de soja, pressionando os preços e impactando o mercado agrícola. A capacidade de produção de diesel renovável nos Estados Unidos deve crescer para 20,8 bilhões de litros até o fim do ano. Em 2020, a produção foi de 3,785 bilhões de litros. Esse crescimento está transformando o mercado de biocombustíveis nos Estados Unidos e pode afetar os grandes produtores de soja, como o Brasil. O óleo de soja é a principal matéria-prima para a fabricação de diesel renovável nos Estados Unidos.

Destaque também para o crescimento do uso de matérias-primas com baixo índice de carbono e o aumento das importações de óleo de cozinha usado, principalmente da China. Além dos preços, o aumento da demanda está afetando as decisões de plantio dos agricultores. Essa mudança pode representar tanto oportunidades quanto desafios para os exportadores de soja, incluindo o Brasil, que compete com os Estados Unidos. Subsídios e incentivos fiscais são essenciais para sustentar o crescimento do diesel renovável, que custa até três vezes mais que o diesel fóssil. São fundamentais, mas tornam o setor dependente de decisões políticas. Enquanto o diesel renovável cresce, a produção de etanol nos Estados Unidos está estagnada devido ao limite de mistura de 10% na gasolina.

Esse limite restringe o crescimento do etanol, diferentemente do Brasil, onde a proporção de etanol na gasolina é maior. Foi feito um alerta para os riscos políticos e econômicos no setor, incluindo possíveis mudanças nos subsídios e tarifas sobre importações de matérias-primas, como o óleo de soja do Brasil. As eleições de 2024 nos Estados Unidos podem impactar as políticas climáticas e o futuro dos biocombustíveis. As metas do governo dos Estados Unidos para o Combustível de Aviação Sustentável (SAF), com objetivo de produzir 11,355 bilhões de litros até 2030, geram dúvidas sobre a viabilidade da meta, uma vez que não há refinarias em construção nos Estados Unidos para atender a essa demanda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.