16/Oct/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (15/10). O avanço da colheita nos Estados Unidos e a perspectiva de uma safra recorde no país pesaram sobre os contratos. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 5,00 cents (0,50%), e fechou a US$ 9,91 por bushel. A previsão de chuvas mais volumosas na Região Centro-Oeste do Brasil, onde o plantio está atrasado por causa do tempo seco, foi outro fator baixista para as cotações. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio da safra 2024/2025 de soja no Brasil atingiu, no dia 13 de outubro, 9,1% da área estimada.

O avanço é inferior ao registrado em igual período do ano passado, quando 19% da área já tinha sido semeada. Em Mato Grosso, o maior produtor nacional da oleaginosa, o plantio alcançou 7,8% da área, ante 35,2% no ano anterior. O mercado também foi pressionado pela expectativa de uma safra recorde no Brasil. A Conab estimou a produção em 2024/2025 em 166,05 milhões de toneladas, aumento de 12,7% ante a temporada anterior. A expansão da área, no entanto, foi projetada em apenas 2,8%, o menor crescimento percentual desde o ciclo 2009/2010. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também influenciou os negócios.

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar até 4,687 milhões de toneladas de soja em outubro. Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos também pesaram sobre as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que 1,57 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 10 de outubro, queda de 3% ante a semana anterior. O USDA informou que exportadores relataram venda de 131 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2024/2025.