15/Oct/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (14/10). O mercado foi pressionado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 3%. O derivado, por sua vez, acompanhou o recuo do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da soja em grão perdeu 9,50 cents (0,94%), e fechou a US$ 9,96 por bushel.
O tempo predominantemente seco nos Estados Unidos, que favorece o avanço da colheita, também pesou sobre os contratos. Foi um fim de semana quase perfeito para a colheita, o que pode pressionar as cotações. No dia 11 de outubro, em seu relatório de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou uma safra recorde de 124,70 milhões de toneladas, com produtividade de 3,57 toneladas por hectare. Sinais de desaceleração econômica na China foram outro fator baixista para os preços. De acordo com dados preliminares publicados pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), o país importou 11,37 milhões de toneladas de soja em setembro, queda de 6,4% em relação ao mês anterior.
Os volumes de importação caíram na comparação mensal para a maior parte das commodities, com exceção do gás natural. As perdas foram limitadas por atrasos no plantio no Brasil. Levantamento da AgRural mostrou que a semeadura alcançava, no dia 10 de outubro, 8,2% da área total prevista, em comparação com 4,5% uma semana antes e 17% um ano atrás. O índice de 8,2% é o mais baixo para esta época do ano desde a safra 2020/2021. A maior parte do atraso se deve ao ritmo ainda lento de Mato Grosso, onde os produtores aguardam a confirmação das chuvas mais consistentes previstas para a segunda quinzena de outubro para acelerar os trabalhos.