15/Oct/2024
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) destacou que a possibilidade de aumento da mistura de biodiesel no diesel para até 25% (B25), como previsto na Lei do Combustível do Futuro, poderá dobrar o esmagamento de oleaginosas no País para atender ao aumento da demanda. A indústria de esmagamento de soja pode crescer igual ou até mais do que o próprio crescimento da soja no País. Essa elevação na mistura representa um estímulo importante para o setor, que deverá se preparar para atender à crescente demanda por óleos vegetais, incluindo o uso para combustíveis sustentáveis, como o diesel verde (HVO) e o combustível sustentável para aviação (SAF).
Isso significa um importante estímulo para a indústria de processamento de oleaginosas. Além disso, há possibilidade de o Brasil precisar importar óleos vegetais, dependendo da evolução do mercado. Faz muito mais sentido trazer óleos vegetais do que biodiesel. Esse movimento abrirá novas oportunidades para a industrialização da soja no Brasil, agregando mais valor à cadeia produtiva. O processamento de soja no País agrega 40% mais valor à produção em comparação com a exportação do grão in natura. Quando o País exporta soja, adiciona R$ 1.000,00 por tonelada. Quando processa essa soja, adiciona R$ 1.400,00 por tonelada.
Outro ponto de destaque é o impacto positivo para a indústria de proteína animal, que será beneficiada pelo aumento da produção de farelo de soja, um dos principais insumos na alimentação de animais. O farelo de soja e a indústria de proteína animal serão as maiores beneficiadas desse processo. Foi ressaltada a importância de manter uma postura cautelosa diante do crescimento projetado para o setor. É preciso trabalhar esse crescimento de forma inteligente, garantindo ao governo e ao consumidor que isso virá com um padrão ainda melhor do que o que já é entregue. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.