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10/Oct/2024

Grãos: dependência do transporte rodoviário recua

De acordo com estudo realizado pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-LOG) da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o transporte rodoviário ainda é o principal meio de escoamento da safra de grãos no Brasil, respondendo por mais de 65% do total movimentado, apesar de uma queda registrada entre 2010 e 2023. A participação das rodovias no transporte de milho recuou de 84% para 76% no período analisado. Para a soja, a redução foi de 75% para 69%. Em contrapartida, houve um aumento no uso de ferrovias e hidrovias, refletindo uma gradual diversificação na matriz de transporte de grãos do País. O estudo revela que o transporte ferroviário de milho subiu de 15% para 17%, enquanto o fluvial saltou de 1% para 8%.

No caso da soja, as ferrovias passaram de 20% para 22% de participação, e as hidrovias de 5% para 9%. Essas alterações nas participações modais refletem não apenas os investimentos em infraestrutura, mas também as mudanças nas dinâmicas de produção e exportação de grãos no Brasil. Apesar dos avanços, o País ainda enfrenta desafios significativos na infraestrutura logística. A pesquisa aponta que a distância média percorrida por caminhões no transporte de grãos é de 865 Km, com a maior parte das movimentações domésticas realizadas em trechos de aproximadamente 625 Km. Nos principais portos, as mudanças na matriz de transporte variam.

No Porto de Santos (SP), a participação das ferrovias nas exportações de soja subiu de 52% para 57%. No Porto de Rio Grande (RS), o uso de caminhões aumentou de 57% para 90%, e no Porto de Itaqui (MA), de 10% para 48%. O impacto dos custos logísticos permanece significativo. O transporte rodoviário pode representar entre 15% e 40% do preço final do produto entregue nos portos. O estudo "Brazil's Modal Shares for Corn and Soybeans: Updated Analysis from 2010-23" baseou sua metodologia em dados de fontes oficiais, incluindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ministério da Fazenda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.