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10/Oct/2024

MT: estiagem prejudica plantio da safra 2024/2025

Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), o atraso nas chuvas tem dificultado o plantio de soja em Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no Brasil, colocando em risco o calendário da safra 2024/2025. Até o início de outubro, apenas 3% da área havia sido plantada, uma queda expressiva em comparação com 14% registrados no mesmo período do ano passado. O atraso preocupa o setor, já que pode causar impacto não só na produção de soja, mas também no milho 2ª safra de 2025, que é plantado logo após a colheita da oleaginosa.

As regiões oeste e leste estão bem atrasadas, com muitos produtores que ainda não iniciaram o plantio. Mesmo na região norte, onde as chuvas são regulares, alguns agricultores ainda aguardam melhores condições climáticas para começar a semeadura. Apesar dos problemas imediatos causados pelo clima, as projeções de longo prazo continuam otimistas. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) projetou que a produção de soja em Mato Grosso deve crescer 65,22% nos próximos 10 anos, passando de 39,05 milhões de toneladas na safra 2023/2024 para 64,52 milhões de toneladas em 2033/2034.

O aumento será impulsionado pela expansão da área plantada, que deve saltar de 12,48 milhões para 16,62 milhões de hectares no período, com a conversão de pastagens em terras agrícolas. A sustentabilidade é um dos pontos citados. De 2009 para cá, houve pouco mais de 250 mil hectares de desmatamento, enquanto a área cultivada cresceu significativamente. A maior parte da expansão vem da conversão de pastagens, sem necessidade de desmatamento adicional.

A Aprosoja-MT também comentou sobre os desafios logísticos e a infraestrutura necessária para o futuro do agronegócio, citando a conclusão da rodovia BR-163 e o projeto da ferrovia Ferrogrão como essenciais para melhorar o escoamento da produção. A Ferrogrão será um divisor de águas para o Brasil, viabilizando ainda mais o escoamento da produção. Em relação às barreiras comerciais, a nova lei antidesmatamento da União Europeia é considerada pela entidade como uma tentativa de limitar a competitividade brasileira no mercado internacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.