09/Oct/2024
De acordo com a EarthDaily Agro, o retorno das chuvas nos próximos dias pode aliviar a seca histórica em Mato Grosso e destravar o plantio de soja 2024/2025, que está atrasado. Os modelos ECMWF (europeu) e GFS (norte0americano) apontam retorno das chuvas já para os próximos dias. Podem ser consideradas 'chuvas plantadeiras', ou seja, volume suficiente para aumentar significativamente a umidade do solo e permitir que o produtor realize a semeadura sem ser no pó. Atualmente, a seca no estado de Mato Grosso é a mais severa dos últimos 30 anos, com um acumulado de apenas 10 mm de precipitação nos últimos 160 dias, 91,5% abaixo da média histórica de 116,5 mm.
Além disso, as altas temperaturas, de até 45ºC, têm mantido a umidade do solo em níveis historicamente baixos. Como resultado, o plantio da soja foi severamente impactado. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o dia 4 de outubro, apenas 2,1% da área estimada havia sido semeada, abaixo da média de 9,5% dos últimos cinco anos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou, até dia 7 de outubro, um plantio de apenas 3,7% da área total, comparado a 19,1% no mesmo período de 2023. Apesar da situação adversa, há motivos para otimismo. Vale ressaltar que o modelo norte-americano prevê menos chuvas que o modelo europeu, apenas 27 mm no acumulado dos próximos 14 dias. No entanto, essas chuvas já são consideráveis.
Segundo o modelo europeu, a umidade do solo deverá voltar para níveis acima da média já no dia 17 de outubro. Ainda há tempo para realização do plantio da soja, no entanto é preciso confirmar a previsão de volta das chuvas nos próximos dias e o volume. Além da soja, a chegada das chuvas é fundamental para garantir o calendário do milho 2ª safra de 2025. O atraso na semeadura da oleaginosa, que frequentemente ocupa a mesma área reservada ao cereal, pode prejudicar a janela ideal de plantio. Caso o atraso seja expressivo, a cultura ficará mais exposta a condições climáticas desfavoráveis, como menor disponibilidade de água e radiação, o que pode acarretar uma quebra de safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.