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09/Oct/2024

Futuros em baixa com avanço da colheita nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta terça-feira (08/10), refletindo o rápido avanço da colheita nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 47% da safra tinha sido colhida até o dia 6 de outubro, ante 37% há um ano e 34% na média de cinco anos. Somente na última semana, o avanço foi de 21%. A colheita está progredindo rapidamente, com muitos relatos de boa produtividade.

O vencimento novembro da oleaginosa caiu 17,75 cents (1,72%), e fechou a US$ 10,16 por bushel. A previsão de chuvas nesta semana em áreas da Região Centro-Oeste do Brasil, onde o plantio está atrasado por causa do tempo seco, foi outro fator baixista para as cotações. A semeadura alcançou, até o dia 6 de outubro, 5,1% da área, avanço de 2,7% em relação à semana anterior, mas atraso de 5% em relação a igual período da safra 2023/2024, quando 10,1% da área já havia sido trabalhada. Os dados foram publicados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A ausência de uma nova rodada de medidas de estímulo econômico na China, após o feriado de uma semana no país asiático, decepcionou traders e pesou sobre os contratos. Isso indica que seria necessária uma redução na oferta para impulsionar os preços de grãos. A primeira rodada de estímulos econômicos na China deu algum suporte às cotações da soja, ao criar expectativa de maior demanda.

Apesar da falta de medidas, o USDA informou que exportadores relataram venda de 166 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2024/2025. O mercado também foi pressionado pelo avanço do dólar ante o Real e pelo enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto a queda do petróleo faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu mais de 3%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.