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09/Oct/2024

Biodiesel evitará emissão de milhões de ton de CO²

Atualmente, o biodiesel representa 14% da mistura do diesel no Brasil. De acordo com a Binatural, um incremento nessa composição pode reduzir significativamente a emissão de dióxido de carbono (CO2). Com o potencial de aumentar a mistura de biodiesel no diesel para 25% até 2035, o Brasil pode deixar de emitir mais de 320 milhões de toneladas de CO2 na próxima década. Ressalta-se a importância do projeto de lei Combustível do Futuro. O projeto busca descarbonizar a matriz de transporte do Brasil, atualmente composta em sua maioria por caminhões. A proposta inclui a ampliação do uso de biocombustíveis, como o HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) e o SAF (Sustainable Aviation Fuel), além de fortalecer setores como o etanol e o biodiesel, que já contribuem significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O HVO é um biocombustível produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais que passam por um processo de hidrogenação.

Já o SAF é um combustível sustentável para aviação, produzido a partir de matérias-primas renováveis, como óleos vegetais, resíduos agrícolas e resíduos sólidos urbanos. No caso do biodiesel, que pode reduzir em até 90% essas emissões dependendo da matéria-prima utilizada, o setor tem utilizado óleos residuais, como o óleo de cozinha, para produção. Em 2022, o setor de biodiesel consumiu cerca de 150 milhões de litros de óleo de fritura, evitando a contaminação de 3,8 trilhões de litros de água. Outra importante alternativa para os combustíveis fósseis é o hidrogênio verde. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (Abihv), a produção de hidrogênio verde tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de carbono em diversos setores industriais, como siderurgia, química e agricultura, ao substituir combustíveis fósseis em processos produtivos. O Brasil já assinou memorandos de entendimento (MOUs) para novos projetos, especialmente na Região Nordeste, e estima-se que o impacto dessa indústria no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro até 2050 seja de R$ 7 trilhões.

O hidrogênio verde é parte de um portfólio de soluções sustentáveis. O hidrogênio é a molécula mais abundante no universo, mas sua produção a partir da eletrólise da água utilizando energia totalmente renovável é uma inovação recente. Esse processo, conhecido como produção de hidrogênio verde, separa o hidrogênio da água por meio de fontes como energia eólica, hidráulica e solar, o que faz do Brasil um local estratégico para esse desenvolvimento. No transporte, há dois anos, a 99 adotou uma iniciativa voltada para a eletrificação no mercado de aplicativos, com a convicção de que esse é o futuro da indústria. A crença se baseia em três pilares. O primeiro é o impacto social para os motoristas, que podem economizar até 80% nos custos de condução, resultando em uma economia mensal de até R$ 3 mil. O segundo é o impacto ambiental, já que os carros elétricos reduzem significativamente a emissão de poluentes. E o terceiro é a governança, fundamental para estruturar essa transição. Em 2022, a 99 fundou a Aliança pela Mobilidade Sustentável.

Ao perceber que a eletrificação é o caminho, também ficou claro que, sozinha, a 99 não conseguiria alcançar essa meta, pois a transformação exige a colaboração de vários setores. Hoje, após dois anos e meio, a Aliança conta com 19 empresas de diferentes setores, todas empenhadas em coordenar esforços para massificar a produção e o uso de carros elétricos no País. O Instituto de Energia da PUC-Rio trouxe uma estatística alarmante: pelo menos 20% da população brasileira ainda utiliza madeira para cozinhar. Essa prática, muitas vezes esquecida em discussões sobre energias renováveis e biocombustíveis avançados, reflete o atraso no uso da biomassa em muitas regiões. Globalmente, a situação é ainda mais grave, sendo a terceira maior causa de morte entre mulheres e crianças a inalação de fumaça proveniente da queima de madeira para cozinhar. Estima-se que 4 milhões de pessoas morram todos os anos devido a complicações respiratórias causadas por essa prática. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.