08/Oct/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (07/10). O mercado foi pressionado pela expectativa de chuvas nesta semana em parte da Região Centro-Oeste do Brasil, onde o plantio está atrasado por causa do tempo seco. As previsões continuam otimistas para um aumento significativo das chuvas sazonais em grande parte do Brasil nas próximas duas semanas. Embora o plantio no Brasil esteja atrasado, a preocupação dos traders parece exagerada. Embora os comentários do mercado continuem dando ênfase aos atrasos, ainda é o início do ciclo de plantio. De acordo com levantamento da AgRural, os trabalhos alcançaram, no dia 3 de outubro, 4,5% da área total prevista, em comparação com 2% uma semana antes e 10% em igual período do ano passado.

O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 3,75 cents (0,36%), e fechou a US$ 10,34 por bushel. O clima seco no Meio Oeste dos Estados Unidos, que favorece o avanço da colheita, também pesou sobre os contratos. Isso também tende a estimular a venda de soja da safra velha por parte de produtores, que precisam abrir espaço nos silos para a chegada da safra nova. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento reduziram significativamente suas apostas na queda dos preços de soja na Bolsa de Chicago. Agora, com uma posição vendida bem menor, fundos talvez fiquem mais à vontade para voltar a liquidar contratos. Na semana até 1º de outubro, a posição líquida vendida em soja diminuiu 58,2%, de 76.017 para 31.781 lotes.

O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1%, impediu uma queda mais acentuada dos preços. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. As perdas também foram limitadas por um novo anúncio de venda avulsa de soja norte-americana. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 172,5 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025. Além disso, 1,43 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana até 3 de outubro, mais que o dobro do volume da semana anterior.