04/Oct/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (03/10). O mercado foi influenciado pelo clima mais úmido na Região Centro-Oeste do Brasil, onde o plantio está atrasado por causa do tempo seco. Segundo a Climatempo, a previsão é de algumas chuvas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul nos próximos dias. O clima seco no Meio Oeste dos Estados Unidos favorece o avanço da colheita no país e também pesou sobre os contratos. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 10,00 cents (0,95%), e fechou a US$ 10,46 por bushel.
O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, foi outro fator baixista para os preços, assim como a queda de mais de 2% do farelo. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os cancelamentos superaram em 40,7 mil toneladas as vendas de farelo de soja da safra 2023/2024 na semana encerrada em 26 de setembro. Para o ano comercial 2024/2025, foram vendidas 228,6 mil toneladas. O saldo das duas safras é de 187,9 mil toneladas. As perdas foram limitadas pelo desempenho do óleo de soja, que subiu cerca de 2%.
O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do teto das previsões do mercado e deram algum suporte. O USDA informou que exportadores venderam 1,44 milhão de toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 26 de setembro. Para 2025/2026, foram vendidas 1 mil toneladas. A China comprou cerca de metade do volume total.