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03/Oct/2024

Futuros de soja encerram praticamente estáveis

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (02/04). O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 1,25 cent (0,12%), e fechou a US$ 10,56 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo clima favorável ao avanço da colheita no Meio Oeste dos Estados Unidos. A StoneX estimou a produção norte-americana em 2024/2025 em 125,55 milhões de toneladas, com rendimento de 3,6 toneladas por hectare. No mês passado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou uma colheita de 124,81 milhões de toneladas, com produtividade de 3,58 toneladas por hectare.

O desempenho do farelo, que recuou cerca de 2%, também pesou sobre os contratos da soja em grão. A perspectiva de uma safra robusta no Brasil foi outro fator baixista para a oleaginosa. A StoneX manteve sua projeção de safra em 165 milhões de toneladas para 2024/2025, apesar do tempo seco e quente na Região Centro-Oeste do País. Ainda é cedo para afirmar que a situação climática atual resultará em prejuízos sobre as lavouras ou mesmo em cortes de área. A Céleres estimou que a produção de soja no Brasil pode atingir um recorde de 170 milhões de toneladas na safra 2024/2025, mesmo com a influência do fenômeno climático La Niña.

A greve trabalhista que paralisa portos na Costa Leste e no Golfo dos Estados Unidos segue no radar. Isso ocorre em um momento inoportuno para exportadores dos Estados Unidos, que normalmente embarcariam a maior parte da soja nas próximas semanas. Esses fatores foram contrabalançados pelo recuo do dólar ante o Real e pelo fortalecimento do petróleo. A queda da moeda norte americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu 1,70%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.