02/Oct/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (30/09). Traders embolsaram lucros após o mercado ter acumulado ganho de mais de 5% na semana passada. A previsão de tempo predominantemente seco nesta semana no Meio Oeste dos Estados Unidos, que deve permitir um bom avanço da colheita, também pesou sobre os contratos. Vendas realizadas por produtores nos Estados Unidos, diante da melhora dos preços, também influenciaram os negócios. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 8,75 cents (0,82%), e fechou a US$ 10,57 por bushel.
Dados de estoques nos Estados Unidos vieram abaixo do esperado e impediram uma queda mais acentuada dos preços. Em relatório trimestral, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que os estoques finais da temporada 2023/2024 somavam 9,31 milhões de toneladas, alta de 29% ante o volume de 7,19 milhões de toneladas observado um ano antes. Uma nova venda avulsa para a China, antes do feriado de uma semana no país, também limitou as perdas. Exportadores relataram venda de 116 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega no ano comercial 2024/2025.
Além disso, 675.749 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 26 de setembro, aumento de 35,5% ante a semana anterior. No Brasil, a AgRural informou que a área estimada para a soja estava 2% plantada até o dia 26 de setembro, em comparação com 0,9% uma semana antes e 5,2% em igual período do ano passado. Quem puxa o ritmo dos trabalhos é o Paraná, onde a umidade é melhor depois das chuvas registradas na segunda quinzena de setembro. As precipitações também favorecem o início do plantio em Santa Catarina. Nos demais Estados do País onde o vazio sanitário já terminou, o avanço da semeadura é muito lento por causa da falta de chuva e do calor.