27/Sep/2024
A falta de chuvas e o clima seco estão atrasando o plantio de soja e milho em diversas regiões produtoras do Brasil, gerando preocupações tanto entre os agricultores quanto no mercado. O impacto climático já está impulsionando as cotações dos grãos, à medida que a oferta futura pode ser comprometida. Em Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, apenas 0,27% da área destinada à cultura foi plantada até o dia 20 de setembro, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). No mesmo período do ano passado, o índice era significativamente maior, alcançando quase 2%. No Paraná, o segundo maior produtor do País, o plantio avançou em apenas 10% da área prevista, em contraste com 16% no ano anterior, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab).
A incerteza em torno do clima tem afetado as decisões dos produtores, que aguardam chuvas consistentes para iniciar o plantio em ritmo normal. A perspectiva de atrasos pode resultar em impactos na 2ª safra de milho de 2025, que depende da janela ideal de plantio para garantir produtividade. Paralelamente aos atrasos no plantio, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de “grande perigo” devido a uma intensa onda de calor. As temperaturas nas regiões afetadas estão, em média, 5°C acima do normal há pelo menos cinco dias, complicando ainda mais as condições agrícolas. Essas condições meteorológicas adversas ampliam o desafio para o plantio das safras de soja e milho, colocando o setor agrícola em alerta para potenciais prejuízos no ciclo produtivo. Fonte: Inmet. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.