27/Sep/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (26/09). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nas três sessões anteriores e acumulado valorização de 4% no período. As cotações foram pressionadas também pelo desempenho do óleo de soja, que caiu quase 3%. O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

O vencimento novembro da soja em grão caiu 12,25 cents (1,16%), e fechou a US$ 10,41 por bushel. As perdas foram limitadas pelo tempo seco nas principais áreas de cultivo do Brasil. A estiagem deve se intensificar nas próximas semanas na Região Centro-Oeste, de acordo com a EarthDaily Agro, empresa especializada em sensoriamento remoto via satélite. A previsão é de que Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo enfrentem temperaturas que podem ultrapassar os 44°C, com umidade do solo bem abaixo da média.

Segundo os modelos climáticos ECMWF (europeu) e GFS (norte-americano), a precipitação acumulada nesses Estados deve ficar 80% abaixo da normalidade nos próximos 14 dias. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 1,57 milhão de toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 19 de setembro. Do total, 869,7 mil toneladas foram vendidas para a China.