24/Sep/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (23/09). Investidores cobriram posições vendidas com preocupações de que as chuvas do último fim de semana e as previstas para os próximos dias no Meio Oeste dos Estados Unidos atrasem a colheita no país. Além disso, traders acreditam que o relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrará uma leve piora na condição da safra. Porém, que será difícil sustentar os ralis quando o ritmo da colheita se acelerar.
O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 27,25 cents (2,69%), e fechou a US$ 10,39 por bushel. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento reduziram suas apostas na queda dos preços de soja na Bolsa de Chicago na semana encerrada em 17 de setembro. A posição líquida vendida desses agentes diminuiu 6,60% no período, de 120.720 para 112.752 lotes. A boa demanda externa pelo grão norte-americano também deu algum suporte aos preços. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 165 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025.
Além disso, 485.216 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 19 de setembro, aumento de 2,52% ante a semana anterior. Os ganhos também foram sustentados pelo tempo seco em regiões de cultivo do Brasil. De acordo com a Biond Agro, a área plantada com soja em 2024/2025 deve ter o menor crescimento dos últimos cinco anos, de apenas 2,55% em relação à safra anterior, chegando a 47,2 milhões de hectares. Margens de lucro apertadas e condições climáticas imprevisíveis estão entre os principais fatores que limitam a expansão.