24/Sep/2024

De acordo com a Biond Agro, a área plantada com soja na safra brasileira 2024/2025 deve ter o menor crescimento dos últimos cinco anos, de apenas 2,5% em relação à safra anterior, chegando a 47,2 milhões de hectares. Margens de lucro apertadas e condições climáticas imprevisíveis estão entre os principais fatores que limitam a expansão. O fenômeno La Niña, mesmo com intensidade fraca, deve influenciar a produtividade da safra. Historicamente, esse efeito no Brasil costuma resultar em ganhos de produtividade em relação às safras anteriores.

No entanto, o padrão climático tem se tornado cada vez mais imprevisível, de modo que o que era habitual no passado pode não se repetir na mesma proporção agora. Além dos desafios climáticos, os custos elevados de produção e as altas taxas de juros pressionam as margens dos produtores, o que pode limitar o investimento em tecnologias para melhorar a produtividade. Os custos elevados e a oferta mundial abundante estão comprimindo os preços e, consequentemente, as margens de lucro. Com a alavancagem financeira dos produtores em alta, muitos terão dificuldades para investir em tecnologia, o que também pode comprometer a produtividade esperada.

A expectativa é de que a produtividade média alcance 58,2 sacas de 60 Kg por hectare, um aumento de 9% em relação à safra anterior. Ainda assim, esse número permanece inferior à média histórica registrada em anos de La Niña de intensidade fraca. A produção total de soja é estimada em 164,8 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 11,8% sobre a safra anterior. A projeção de ampla oferta tende a pressionar os preços.

Por isso, é crucial que o gerenciamento dos custos, dos riscos na produção e comercialização seja conduzido com excelência, visando maximizar os resultados em um ano que promete ser desafiador. A variabilidade climática traz riscos para o planejamento agrícola, especialmente em relação ao La Niña. A intensidade fraca do La Niña pode gerar impactos climáticos diferentes nas regiões do Brasil, o que torna o planejamento agrícola um desafio. O comportamento irregular das chuvas e a intensidade do calor, por exemplo, podem prejudicar a produtividade em áreas que costumam ser mais produtivas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.