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18/Sep/2024

Soja impulsiona crescimento de regiões produtoras

De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) intitulado "A cadeia produtiva de soja e o desenvolvimento econômico e regional no Brasil", divulgado nesta terça-feira (17/09), a produção de soja no Brasil cresceu 696,9% entre 1991 e 2022, saltando de 19,4 milhões de toneladas para 154,6 milhões de toneladas. O estudo destacou o efeito econômico e social da soja nas principais regiões produtoras, como o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita e a criação de empregos. O setor agrícola foi um dos motores para o crescimento econômico em cidades do agronegócio, como São Desidério (BA), onde o PIB per capita aumentou de R$ 53,1 mil em 2000 para R$ 147,2 mil em 2020, com crescimento médio de 10,7% ao ano.

Em Formosa do Rio Preto (BA), o PIB per capita subiu de R$ 20,3 mil para R$ 146,9 mil no mesmo período, com uma taxa de 21,9% ao ano. Além do impacto econômico, o estudo aponta melhorias nos indicadores sociais nas áreas produtoras. Municípios como Sorriso e Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso, apresentaram Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) acima da média estadual. Sorriso registrou um IDH de 0,744, enquanto a média estadual foi de 0,725. A expansão da produção de soja gerou empregos, atraiu investimentos e melhorou o acesso a serviços essenciais. O estudo também destacou a queda nas taxas de mortalidade infantil em regiões produtoras, como Rio Verde (GO) e Sorriso (MT), onde os índices ficaram abaixo da média nacional, refletindo melhorias no acesso à saúde e na infraestrutura local.

Cidades como Sorriso e Campo Novo do Parecis tiveram aumento expressivo de população, com a chegada de trabalhadores especializados e o crescimento de indústrias associadas à cadeia produtiva da soja, como o processamento de farelo e óleo. Sobre o mercado interno, o relatório refuta a ideia de que o aumento das exportações compromete a oferta doméstica. Embora 63% da produção de soja tenha sido exportada em 2022, o consumo de derivados, como farelo de soja, usado na produção de ração animal, também cresceu. O consumo de farelo saltou de 3,6 milhões de toneladas em 1991 para 22,5 milhões de toneladas em 2022, uma alta de 353,1%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.