18/Sep/2024
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (17/09) as expectativas iniciais para safra brasileira de grãos 2024/2025 durante o evento "Perspectivas para a Agropecuária - safra 2024/2025". Para a soja, a estimativa é de uma produção de 166,28 milhões de toneladas na safra 2024/2025. Se confirmada, a safra será 12,82% superior à colhida no ciclo 2023/2024, de 147,381 milhões de toneladas. O crescimento da produção deve ser impulsionado sobretudo pelo aumento esperado de 9,6% na produtividade da oleaginosa, saindo de 3,2 toneladas por hectare em 2023/2024 para 3,5 toneladas por hectare no ciclo 2024/2025. A área plantada na safra 2024/2025 deve crescer 3%, de 46,02 milhões de hectares para 47,40 milhões de hectares na temporada. Mesmo com a pressão baixista nos preços nacionais e os desafios de rentabilidade, a oleaginosa continua a ser uma cultura lucrativa e com alta liquidez.
A crescente demanda global, impulsionada pelo aumento do esmagamento e pela expansão da produção de biocombustíveis, tanto no Brasil quanto internacionalmente, alimenta expectativas de crescimento nas exportações e no esmagamento interno. Há uma redução na tendência de crescimento da área de soja no País. A recuperação da produtividade considera o cenário de previsão de La Niña moderado na safra 2024/2025. A previsão de esmagamento interno é de 56,72 milhões de toneladas de soja na safra 2024/2025, aumento de 7,9% ante a temporada anterior, quando foram processados 52,53 milhões de toneladas da oleaginosa. Os principais motivos são o incremento do percentual obrigatório de biodiesel ao diesel no País, a elevada exportação de farelo e óleo de soja e o aumento do consumo de farelo de soja para alimentação animal.
As exportações devem crescer 13,33%, saindo de 92,43 milhões de toneladas para 104,76 milhões de toneladas em 2024/2025. O Brasil deve continuar se consolidando, cada vez mais, como o maior exportador de soja em grãos do mundo e chegando próximo de 58% do mercado, longe dos Estados Unidos com 28%. Para preços, deverá haver uma redução em torno de 5% das cotações da oleaginosa no mercado nacional no próximo ano, com queda de 3,53% na rentabilidade ao produtor. Os preços da oleaginosa devem ser pressionados pelo maior excedente de produção e elevados estoques mundiais. As primeiras estimativas da Conab para a safra 2024/2025 são baseadas em modelos estatísticos para todas as culturas em todos os Estados combinadas com previsões de clima, preços e dados de mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.