18/Sep/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (17/09). O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,50 cent (0,15%), e fechou a US$ 10,06 por bushel. Uma leve piora na qualidade das lavouras nos Estados Unidos também deu algum suporte aos preços.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que 64% da safra tinha condição boa ou excelente no dia 15 de setembro, piora de 1% ante a semana anterior. Relatos iniciais indicam que os rendimentos em algumas áreas estão abaixo do esperado. Em Indiana, a produtividade foi afetada pelo tempo quente e seco. Os negócios também foram influenciados pela queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 5,828 milhões de toneladas de soja em setembro. Esses fatores foram contrabalançados pelo avanço da colheita nos Estados Unidos.

Segundo o USDA, os trabalhos estavam em 6% no dia 15 de setemvro, ante 4% há um ano e 3% na média de cinco anos. A pressão da colheita deve limitar o potencial de alta. A perspectiva de uma safra volumosa no Brasil também impediu uma alta mais acentuada dos preços. Em seu primeiro levantamento da safra 2024/2025, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 166,28 milhões de toneladas de soja. Se confirmada, a safra será 12,82% maior do que a colhida no ciclo 2023/2024, de 147,381 milhões de toneladas. Em seu relatório de oferta e demanda de setembro, o USDA estimou uma safra de 169 milhões de toneladas.