ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Sep/2024

Futuros em baixa com avanço da colheita nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (16/09). O mercado foi influenciado em parte pelo avanço da colheita nos Estados Unidos e pela perspectiva de uma produção recorde no país. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a safra norte-americana em 124,82 milhões de toneladas. O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 1,75 cent (0,17%), e fechou a US$ 10,04 por bushel. Dados de processamento nos Estados Unidos vieram abaixo do esperado e pesaram sobre os contratos. A indústria norte-americana processou 4,30 milhões de toneladas de soja em agosto, de acordo com dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa).

O volume representa queda de 13,6% ante julho, quando foi esmagado um volume de 4,98 milhões de toneladas. O número ficou abaixo da expectativa de analistas. Sinais de boa demanda externa pelo grão norte-americano impediram uma queda mais acentuada dos preços. O USDA informou que 401.287 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 12 de setembro, aumento de 9,94% ante a semana anterior. Exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para destinos não revelados. As perdas foram limitadas ainda pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo.

A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do bicombustível. No Brasil, a AgRural disse que o plantio da safra de soja já pode ser feito, após o fim do período de vazio sanitário, mas ainda está restrito a áreas pontuais do Paraná e de Mato Grosso. O motivo é a baixa umidade do solo e as temperaturas elevadas. Assim, até o dia 12 de setembro, apenas 0,06% da soja da safra 2024/2025 tinha sido semeada no Brasil, ante 0,15% um ano atrás.