17/Sep/2024
A falta de chuvas no Paraná preocupa produtores que se preparam para iniciar o plantio da soja 2024/2025. A estiagem prolongada afeta principalmente as regiões norte, norte pioneiro e noroeste do Estado. Segundo a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), choveu um pouco neste fim de semana, mas ainda não é o suficiente para recompor a quantidade de água que o solo precisa. O plantio da oleaginosa começa em setembro no Estado, mas se concentra em outubro. A preocupação é que, partindo de um solo que não está com sua capacidade adequada de água para suprir a planta, pode-se enfrentar períodos de estiagem pela frente na safra. No ciclo anterior, a estiagem já havia causado prejuízos significativos no Estado.
De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), a soja teve perda de aproximadamente 3 milhões de toneladas, resultando em um prejuízo de cerca de R$ 6,5 bilhões no Valor Bruto da Produção (VBP). O milho 2ª safra foi outra cultura bastante afetada. A cana-de-açúcar também sofreu com a falta de chuvas desde o plantio, com quebra de 4,5 milhões de toneladas e prejuízo de aproximadamente R$ 527 milhões. Os prejuízos contabilizados englobam diversos eventos climáticos adversos. É importante frisar que não é só efeito de seca, houve também vários eventos durante a safra: geada, seca, algumas regiões até com excesso de chuva. Esse número global de prejuízos reúne todos esses efeitos climáticos que as safras de verão e inverno acumularam durante esse período. Além da seca, o Paraná registrou um aumento nas ocorrências de queimadas neste ano, agravando a situação no campo.
Este ano registrou um recorde de ocorrências, e isso também é um problema que o Sistema Faep vem acompanhando de perto e atuando em tudo que é possível para amenizar. No dia 9 de setembro, o Paraná atingiu a marca de 11.115 casos ao longo de 2024, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Até então, o topo do ranking de incêndios florestais tinha ocorrido em 2019, com 10.835 ocorrências, seguido por 2021 com 10.648 incidentes. Embora não tenham sido registrados muitos casos de perda por queimada em lavouras, a situação é preocupante. Tem ocorrido em muitos municípios com dias consecutivos sem chuva e altas temperaturas. Há muitas lavouras à beira de estradas, o que facilita a disseminação do fogo, principalmente aqueles incêndios provocados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.