16/Sep/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (13/09). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nas duas sessões anteriores. O avanço da colheita nos Estados Unidos também pressionou as cotações. Nesta segunda-feira (16/09), o relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá trazer os primeiros dados sobre o progresso dos trabalhos. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 4,50 cents (0,45%), e fechou a US$ 10,06 por bushel. Na semana passada, teve leve ganho de 0,12%.
O USDA reduziu sua estimativa de produção nos Estados Unidos, mas o número ainda é recorde. A safra foi projetada em 124,81 milhões de toneladas, com produtividade de 3,58 toneladas por hectare. No mês anterior, a agência estimou colheita de 124,90 milhões de toneladas, também com rendimento de 3,58 toneladas por hectare. Analistas esperavam um número maior. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, impediu uma queda mais acentuada dos preços. As perdas também foram limitadas pelo tempo seco nas principais regiões de cultivo do Brasil.
Além do clima no Brasil, o mercado está atento à demanda pelo grão norte-americano. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 100 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2024/2025. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram acima da expectativa do mercado. Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário afirmou que a área semeada com soja no país poderá alcançar 17,7 milhões de hectares em 2024/2025. A projeção representa aumento de 7,5%, ou 1,3 milhão de hectares, ante a área plantada no ano passado.