11/Sep/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta terça-feira (10/09), após dados terem mostrado que a qualidade das lavouras nos Estados Unidos ficou estável na semana passada. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 65% da safra tinha condição boa ou excelente no dia 1º de setembro, sem variação ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 52%. A boa condição da safra levou traders a liquidar posições compradas antes do relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quinta-feira (12/09). O vencimento novembro da oleaginosa caiu 20,75 cents (2,04%), e fechou a US$ 9,97 por bushel.
De acordo com a média das estimativas de analistas, o USDA deverá estimar uma safra recorde de soja de 125,45 milhões de toneladas. Em agosto, a agência projetou 124,90 milhões de toneladas. A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) informou o país importou 12,144 milhões de toneladas de soja em agosto, alta de 23% em relação a julho e de 29% ante agosto de 2023. No acumulado de janeiro a agosto, as importações somaram 70,48 milhões de toneladas, alta de 2,3% na comparação anual. O volume comprado em agosto ficou acima do esperado, o que reduz o potencial de vendas futuras para a China. Nesta terça-feira (10/09), não houve anúncio de venda avulsa para o país asiático.
O fortalecimento do dólar ante o Real e a queda do petróleo também pressionaram as cotações. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as exportações do Brasil, enquanto o recuo do petróleo faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que o Brasil deverá embarcar até 5,828 milhões de toneladas de soja em setembro.