10/Sep/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (09/09), com a expectativa de atrasos no plantio no Brasil. A AgRural informou que o plantio da safra 2024/2025, embora já esteja liberado em parte do Paraná e em Mato Grosso, ainda não começou, devido à baixa umidade do solo e ao tempo quente e seco, que predomina em praticamente todo o País. Com pouca chuva nos radares e termômetros muito altos, as plantadeiras tendem a permanecer nos galpões até surgirem sinais mais consistentes de chuva.

O vencimento novembro da oleaginosa avançou 13,00 cents (1,29%), e fechou a US$ 10,18 por bushel. A empresa de sensoriamento remoto EarthDaily Agro alertou que a combinação de temperaturas acima da média, baixa umidade do solo e chuvas abaixo da média histórica em grande parte do Brasil Central pode comprometer o início do plantio da safra 2024/2025 na segunda quinzena de setembro. Um novo anúncio de venda avulsa para a China também deu suporte às cotações.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega prevista para o ano comercial 2024/2025. Apesar das vendas anunciadas nas últimas semanas, a demanda chinesa por soja norte-americana da safra nova continua lenta. A parcela de soja brasileira no volume importado pela China deve aumentar daqui para a frente. O USDA informou que 354.166 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana encerrada em 5 de setembro, queda de 29,5% ante a semana anterior.