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06/Sep/2024

Silício como mitigador do déficit hídrico da soja

Em publicação da Série Produtor Rural, produzida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), com o tema “Silício como mitigador do déficit hídrico na cultura da soja”, pesquisas indicam que o silício desempenha um papel importante nas atividades metabólicas e fisiológicas das plantas. O silício é um aliado na agricultura contemporânea, especialmente em culturas como a soja, que enfrentam desafios devido às mudanças climáticas. As secas prolongadas e os eventos climáticos extremos estão reduzindo a capacidade de produção agrícola e esgotando a disponibilidade de recursos hídricos, tornando ainda mais difícil para as comunidades rurais manterem suas fontes de subsistência.

Aliado aos eventos climáticos e aos desafios ambientais crescentes, a fome no mundo se agrava como uma das mais urgentes crises humanitárias. O objetivo é contribuir para diminuir esse processo. O conteúdo está alinhado ao item 2 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU – Fome Zero e Agricultura Sustentável. Embora não classificado como essencial para as plantas, o silício se mostra altamente benéfico para o crescimento e desenvolvimento das culturas agrícolas, especialmente a soja. As pesquisas indicam que o silício desempenha um papel importante nas atividades metabólicas e fisiológicas das plantas, sendo eficaz na atenuação dos efeitos do déficit hídrico, um dos principais fatores de estresse abiótico na agricultura. Entre os benefícios do silício, observa-se a melhoria na arquitetura das folhas, o que otimiza a incidência solar e reduz a transpiração de água.

Além disso, o silício ativa o sistema de defesa antioxidativo das plantas e aumenta a capacidade fotossintética, fatores que contribuem para uma maior resistência e vigor das culturas. Porém, os autores alertam que a eficiência do uso do silício pode variar significativamente dependendo da espécie cultivada, do momento e da dosagem de aplicação. Dessa forma, há necessidade de pesquisas mais direcionadas, que considerem as especificidades de cada cultura e sua capacidade de absorção e acúmulo de silício, uma vez que, no caso da sojicultura, os estudos sobre o impacto do silício ainda são escassos e apresentam resultados diversos, o que reforça a importância de investigações mais aprofundadas. Fonte: USP. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.