04/Sep/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (03/09), refletindo a melhora da demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2024/2025, o que desencadeou um movimento de cobertura de posições vendidas. Nas últimas duas semanas, o país asiático comprou pelo menos 1,266 milhão de toneladas de soja dos Estados Unidos. Com a soja norte-americana mais barata, a China aproveita para comprar.

É um movimento temporário de sustentação na Bolsa de Chicago, mas sem alterar os fundamentos. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 12,00 cents (1,20%), e fechou a US$ 10,12 por bushel. O USDA informou que 496.860 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 29 de agosto, alta de 18,42% ante a semana anterior. A perspectiva para o Brasil é de uma safra recorde em 2024/2025, mas analistas têm alertado para o tempo quente e seco nas principais regiões produtoras, o que contribuiu para os ganhos. Para alcançar esse potencial, o clima precisa se manter dentro da normalidade.

O desempenho do farelo, que subiu mais de 2%, também impulsionou as cotações. A alta foi limitada pelo enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O derivado também foi pressionado pela notícia de que o Ministério do Comércio da China fará investigações antidumping sobre a canola importada do Canadá. A canola, assim como a soja, é usada na fabricação de óleo comestível.