02/Sep/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (30/08), antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (02/09), os mercados do país permanecem fechados por causa do feriado do Dia do Trabalho. O desempenho reflete em parte a melhora recente da demanda pelo grão norte-americano.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2024/2025. Exportadores venderam mais de 2,6 milhões de toneladas de soja do ano comercial 2024/2025 na semana encerrada em 22 de agosto, sendo 870 mil toneladas para o país asiático. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 7,50 cents (0,76%), e fechou a US$ 10,00 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 2,77%.
Apesar da melhora, as vendas externas da safra nova dos Estados Unidos continuam atrasadas. Excluindo 2019, o ano da guerra comercial, as compras chinesas de soja da safra nova até meados de agosto estavam no menor nível em quase duas décadas. Porém, a demanda chinesa por soja dos Estados Unidos pode melhorar, com os preços baixos decorrentes da expectativa de uma safra recorde e os possíveis efeitos do La Niña sobre a safra brasileira.
Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real e pelo recuo do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto a queda do petróleo faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Chuvas no sul e no leste do Meio Oeste dos Estados Unidos, que devem favorecer as lavouras nos estágios finais de desenvolvimento, também pesaram sobre os contratos.