28/Aug/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (27/08), após dados terem mostrado uma pequena piora na qualidade das lavouras nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 67% da safra tinha condição boa ou excelente no dia 25 de agosto, queda de 1% ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 58%. Em Illinois, o principal Estado produtor de soja, a parcela em condição boa ou excelente caiu de 70% para 64%. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 5,75 cents (0,59%), e fechou a US$ 9,86 por bushel.

Chuvas fracas em boa parte do Meio Oeste dos Estados Unidos, após uma semana de tempo seco e temperaturas altas, impediram uma alta mais acentuada. Os fundamentos de oferta também são baixistas, com a perspectiva de uma safra recorde nos Estados Unidos. A AgRural afirmou que as altas observadas na semana passada e na segunda-feira (26/08) foram correções técnicas. O mercado não teve nenhuma grande novidade que justifique uma mudança de tendência, que é baixista.

A ausência de novas vendas avulsas de soja dos Estados Unidos também limitou os ganhos. Na semana passada, essas vendas somaram 1,38 milhão de toneladas, das quais 794 mil toneladas foram destinadas à China. Além disso, a Datagro estimou uma safra recorde no Brasil em 2024/2025, de 167,09 milhões de toneladas. O volume representa crescimento de 11,8% em relação à safra anterior, impulsionado principalmente por um aumento de 9,6% na produtividade, que deve atingir 3.554 Kg por hectare. A área plantada deve crescer 1,8%, para 47 milhões de hectares.