15/Aug/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (14/08). Os ganhos foram sustentados por um movimento de cobertura de posições vendidas, após o mercado ter recuado nos seis pregões anteriores, acumulado perda de 7,52% no período e atingido o menor nível em cerca de quatro anos. Tendo em vista que o mercado está bem sobrevendido, é possível que os preços tenham atingido um piso de curto prazo.
O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 6,00 cents (0,62%), e fechou a US$ 9,68 por bushel. Porém, os fundamentos ainda são baixistas e o mercado precisará de nova demanda chinesa para sustentar uma possível recuperação. Nesta quarta-feira (14/08), não houve novo anúncio de vendas avulsas de soja norte-americana. Nos últimos três dias úteis, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou vendas de soja totalizando 776 mil toneladas, sendo 264 mil toneladas para a China e 512 mil toneladas para destinos não revelados.
Segundo analistas, destinos não revelados muitas vezes significam China. Condições favoráveis para o desenvolvimento da safra nos Estados Unidos limitaram os ganhos. Chuvas nos estados norte-americanos de Dakota do Sul, Dakota do Norte, Minnesota, Iowa, Missouri e oeste de Illinois devem contribuir para a perspectiva de safra recorde em 2024/2025. O USDA estimou a produção dos Estados Unidos em 124,90 milhões de toneladas, com rendimento de 3,58 toneladas por hectare.
O recuo do óleo de soja também impediu uma alta mais acentuada dos preços do grão. A possibilidade de que a Califórnia (EUA) aprove novas regras para créditos fiscais a biocombustíveis vem pressionando o derivado. De acordo com a nova proposta, apenas 20% da produção total de óleo de soja seria elegível para os subsídios. Se a proposta for aprovada, representará um golpe para a indústria de processamento de soja, afetando a demanda doméstica que é vital.