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14/Aug/2024

Futuros caem sob pressão da safra recorde nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta terça-feira (13/08), ainda pressionados pela expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção doméstica em 124,9 milhões de toneladas. Analistas esperavam um número menor. O vencimento novembro da oleaginosa caiu 23,50 cents (2,38%), e fechou a US$ 9,62 por bushel. Traders estão aproveitando os dados baixistas do USDA para sondar qual seria o piso de curto prazo para os futuros. Os preços da soja estão abaixo de US$ 10,00 por bushel, perto do menor nível desde setembro de 2020. O mercado deve continuar fraco até o fim de agosto.

Dados mostraram que as lavouras nos Estados Unidos continuam em boas condições. O USDA informou que 68% da safra tinha condição boa ou excelente no dia 11 de agosto, sem variação ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 59%. O mercado foi pressionado ainda pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 3%. O derivado, por sua vez, acompanhou o enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

A demanda chinesa é um fator que pode limitar perdas nos próximos dias. O USDA informou que exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2024/2025. De acordo com a estimativa mais recente do governo chinês, o país deverá importar 98,37 milhões de toneladas de soja no ano comercial 2023/2024, que termina no mês que vem. O número representa aumento de 2,3 milhões de toneladas ante a previsão do mês passado, e se deve em grande parte aos preços mais baixos de commodities.