08/Aug/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (07/08). O mercado segue pressionado pelas condições favoráveis nos Estados Unidos, que devem contribuir para uma safra volumosa, superior a 120 milhões de toneladas. De acordo com a StoneX, a produção de soja nos Estados Unidos deverá ficar em 122,02 milhões de toneladas, com produtividade de 3,54 toneladas por hectare. Investidores aguardam para ver se o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevará na próxima segunda suas estimativas.
Em julho, a agência projetou 120,71 milhões de toneladas e 3,50 toneladas por hectare, respectivamente. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 8,00 cents (0,78%), e fechou a US$ 10,18 por bushel. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação também continuou pesando sobre os contratos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que os embarques de soja em agosto deverão ficar entre 7,5 milhões de toneladas e 8,184 milhões de toneladas. A ausência de novas vendas avulsas de soja norte-americana para a China foi outro fator baixista para os preços.
Houve rumores de compras chinesas, e traders agora aguardam a confirmação do USDA. Dados preliminares publicados pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) mostraram que o país asiático importou 9,853 milhões de toneladas de soja em julho de 2024, recuo de 11,3% em relação ao mês anterior, mas aumento de 1,55% ante julho de 2023 (9,7 milhões de toneladas). As perdas foram limitadas pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.