08/Aug/2024
O Itaú BBA estimou que o Brasil deverá colher 163 milhões de toneladas de soja em 2024/2025, aumento de 6,5% ante o ciclo 2023/2024, quando o País produziu 153 milhões de toneladas. Se o dado for confirmado, será um novo recorde. O aumento da produção é reflexo da ampliação da área plantada e de melhores expectativas de produtividade. Além disso, foi projetada uma expansão de 2% na área semeada com a oleaginosa, alcançando 46,7 milhões de hectares em 2024/2025. Diante da possibilidade de ocorrência do fenômeno climático La Niña, a perspectiva de produtividade foi conservadoramente estimada em 3,5 toneladas por hectare.
O La Niña provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e afeta o regime de chuvas nas regiões produtoras do Brasil. Neste ano, o clima é de otimismo, especialmente com o fim do fenômeno climático El Niño, que, ao contrário de La Niña, aquece as águas do Oceano Pacífico. A ocorrência de La Niña pode provocar impactos nas lavouras da Região Sul do Brasil, mas a expectativa é de uma safra cheia no Brasil e na América do Sul. Do lado dos preços, é pouco provável que as cotações da soja subam muito nos próximos meses, especialmente por causa da oferta. Os primeiros números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgados recentemente, apontam para uma produção mundial de soja de 422 milhões de toneladas, um crescimento de 7% sobre a safra anterior.
A oferta global será um ponto muito importante na formulação de preços. É claro que uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China pode ser positiva, especialmente para o produtor brasileiro. Mas, a tendência é permanecer como está. Os custos de produção de soja no Brasil devem apresentar queda em relação à safra 2023/2024, diante da redução dos preços dos fertilizantes e do arrefecimento das cotações de alguns defensivos. Os custos com fertilizantes para a safra 2024/2025 devem cair aproximadamente 25%, sendo este o item com maior influência na redução do custo operacional. Além disso, o produtor rural brasileiro vai poder contar com o fator câmbio e o prêmio, que podem remunerar positivamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.