16/Jul/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (15/07). As chuvas favoráveis no Meio Oeste dos Estados Unidos pressionaram os preços. A expectativa é de que continue a chover o restante da semana, o que tende favorecer as lavouras. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 25,25 cents (2,37%), e fechou a US$ 10,40 por bushel. O atentado contra o ex-presidente norte-americano Donald Trump foi outro fator de peso.
O medo é que Trump coloque novas tarifas sobre a China, o que aprofundará uma guerra comercial que começou em 2018. Com Trump na presidência dos Estados Unidos, muitos acreditam que poderá ocorrer uma nova versão da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A demanda enfraquecida pelo grão dos Estados Unidos também pode ter exercido pressão sobre os preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o volume de soja inspecionado para exportação em portos norte-americanos caiu 42,7% na semana, para 168.593 toneladas.
O dólar em alta ante o Real também é um fator baixista, uma vez que torna as exportações mais atraentes para os produtores brasileiros e, portanto, tende a aumentar a oferta. No seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA previu que o Brasil deve produzir 153 milhões de toneladas em 2023/2024, com expectativa de exportação de 103 milhões de toneladas (ante 102 milhões de toneladas anteriormente), volumes que superam os da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 147,34 milhões de toneladas e 92,43 milhões de toneladas, respectivamente.