12/Jul/2024

Depois de uma safra 2023/2024 difícil devido à severa estiagem, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) projeta um melhor resultado para o próximo ciclo, ainda que não arrisque números. A temporada foi marcada pela crise climática e déficit hídrico. O Brasil partiu de uma safra de 45 milhões de toneladas de soja para menos de 39 milhões ao final da colheita em 2024. Isso é um baque para o produtor, mas a tendência é de melhora, pois o La Niña também costuma ser favorável para Mato Grosso. As 6 milhões de toneladas a menos se comparada à safra 2022/2023 em Mato Grosso representam um recuo de 13,3%. Houve produtores que colheram cerca de 20 sacas de 60 Kg por hectare, volume bem abaixo das 70 sacas de 60 Kg por hectare que são alcançadas em algumas lavouras em cenário de normalidade climática. Há esperança de melhora de produtividade para o próximo ciclo. O que aconteceu ano passado não deve se repetir tão logo.

Mas, s setor seguirá cobrando do governo investimentos em estoques e linhas de crédito, que é o que vai ajudar o produtor médio a se reerguer. A entidade fez duras críticas ao Plano Safra 2024/2025. As taxas de juros livres beneficiam mais os bancos do que os produtores. Mas, há pontos positivos, como a taxa do Moderfrota. Porém, o cenário do câmbio e o atraso na oferta dos recursos nos bancos não permitem ao produtor se planejar para custear a próxima safra. Em janeiro deste ano, a Aprosoja-MT encaminhou um documento cobrando ações emergenciais do governo federal para o estado de Mato Grosso, porém ainda não houve avanço com o governo sobre as demandas. Diante disso, a entidade está estudando estreitar parcerias internacionais e deve visitar a China até o final do ano para tentar importar máquinas e equipamentos agrícolas mais baratos a fim de oferecer auxílio financeiro aos produtores de grãos de Mato Grosso via Aprosoja. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.