04/Jul/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (03/07), influenciados pela maior procura dos chineses pelo produto no mercado global, especialmente do Brasil. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 8,50 cents (0,76%), e fechou a US$ 11,21 por bushel. A China tem comprado ativamente soja brasileira. A onda de novas aquisições ocorre após a Indonésia instituir novas tarifas sobre produtos chineses, junto com temores de uma possível eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o que poderia desencadear uma guerra tarifária entre os norte-americanos e a China.
Os preços também foram impulsionados pelo avanço do óleo de soja e pela perspectiva de menor oferta do Brasil, com a desvalorização do dólar ante o Real e com o corte nas projeções de safra pelo escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília. O País deve produzir 150 milhões de toneladas em 2023/2024, abaixo da projeção anterior, de 152,6 milhões de toneladas.
No ano-safra, as exportações foram estimadas para cair 1%, para 94 milhões de toneladas. Contudo, para 2024/2025, a produção pode subir 2%, para 160 milhões de toneladas, enquanto as projeções de exportação foram mantidas em 99 milhões de toneladas. Na primeira estimativa para a exportação de cereais em julho, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) prevê embarques de 9,487 milhões de toneladas de soja em grãos e 1,796 milhão de toneladas de farelo de soja.
Em junho foram enviados ao exterior 13,942 milhões de toneladas de soja em grão, 1,975 milhão de toneladas de farelo, 982,4 mil toneladas de milho e nada de trigo. A venda de 110,1 mil toneladas de soja dos Estados Unidos para destinos não revelados, também pode ter influenciado a alta dos futuros. No país, preocupações com o clima tendem a impulsionar as cotações na Bolsa de Chicago. O Centro Nacional de Mitigação da Seca da Universidade de Nebraska-Lincoln elevou de 3,86% para 5,61% a área com seca moderada no Meio Oeste.