03/Jul/2024
De acordo com relatório de perspectiva agrícola da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), publicado nesta terça-feira (02/07), a produção global de soja deve aumentar 0,8% ao ano entre 2024 e 2033, alcançando 411 milhões de toneladas em 2033. No Brasil, a produção deve crescer 0,7% ao ano na próxima década, para 168,56 milhões de toneladas em 2033. A alta é um pouco superior ao projetado para os Estados Unidos, com o plantio de uma 2ª safra com milho. Nos Estados Unidos, o avanço deve ser de 0,5% ao ano, para 119 milhões de toneladas. A produção deve aumentar também em outros países da América do Sul, com Argentina e Paraguai produzindo 49 milhões de 11,4 milhões de toneladas, respectivamente, em 2033.
Na China, a produção de soja deve continuar aumentando, em resposta ao menor suporte do governo ao cultivo de outros produtos, como cereais, mas a um ritmo mais lento do que na década anterior. Crescimentos também são esperados na Índia, Rússia, Ucrânia e Canadá. Os estoques mundiais de soja devem alcançar uma proporção de estoque/uso de quase 13% até 2033, ainda abaixo das últimas duas décadas. Com isso, falhas nas colheitas poderiam rapidamente levar à escassez no mercado. O esmagamento global de soja deve se expandir em 49 milhões de toneladas, em números absolutos, entre 2024 e 2033. O volume é significativamente menor do que as 65 milhões de toneladas da década anterior. A moagem de soja na China está projetada para aumentar em 16 milhões de toneladas, representando cerca de 33% da alta da moagem global, sendo a maior parte utilizando soja importada.
Embora grande, o crescimento na China foi projetado para ser consideravelmente menor do que na década anterior. O crescimento das exportações mundiais de soja deverá desacelerar consideravelmente na próxima década em virtude do crescimento mais lento projetado na demanda de importação pela China. As compras chinesas foram projetadas para crescer 0,8% ao ano, alcançando cerca de 110 milhões de toneladas até 2033 (em comparação com 2,8% ao ano em 2014 a 2023), representando cerca de 61% das importações mundiais de soja. Os preços de oleaginosas e produtos são esperados para aumentar levemente em termos nominais, enquanto diminuem em termos reais seguindo a tendência de longo prazo dos preços de commodities agrícolas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.