19/Jun/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (18/06). Os ganhos foram sustentados em parte por uma piora na qualidade das lavouras nos Estados Unidos. Na segunda-feira (17/06), após o fechamento do mercado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 70% da safra de soja tinha condição boa ou excelente no dia 16 de junho, queda de 2% ante a semana anterior.
O plantio estava 93% concluído, em comparação a 97% um ano antes e 91% na média dos cinco anos anteriores. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,75 cent (0,15%), e fechou a US$ 11,32 por bushel. O mercado foi influenciado também pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Uma menor estimativa para a produção brasileira em 2023/2024 também deu algum suporte aos preços.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu sua previsão de 153,9 milhões de toneladas para 152,5 milhões de toneladas. A boa demanda interna nos Estados Unidos foi outro fator altista para as cotações. A indústria norte-americana processou 5 milhões de toneladas de soja em maio, segundo dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa). O volume, um recorde para o mês, representa aumento de 10,6% ante abril, quando foi esmagado um volume de 4,52 milhões de toneladas.